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Livros a serem lançados no Colóquio

(em construção)

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AUTOR: FERNANDO GASTAL DE CASTRO

Lançar um olhar crítico sobre o capitalismo no século XXI, tratando de mostrar o quanto as categorias marxianas apre- sentam-se incontornáveis para compreender nosso tempo e a crise profunda em que nos encontramos, eis os objetivos deste trabalho. “Marx e o Século XXI: notas para uma teoria crítica da sociedade”, considera a filosofia de Marx incontornável, na medida em que as categorias que fundam nosso tempo histórico como tempo do capital não forem superadas.

Hoje, mais do que em outros momentos, mostra-se imprescindível evidenciar o total contrassenso da sociedade da mercadoria, no qual o desenvolvimento das forças produtivas dá-se em um sentido diametralmente oposto ao desenvolvimento das potencias subjetivas, criando patamares tecnológicos cada vez mais avançados e, ao mesmo tempo, empobrecendo e precarizando os processos subjetivos a níveis inéditos.

Além disso, o esforço deste trabalho, mesmo que introdutório, é articular as categorias fundantes da sociedade da mercadoria desenvolvidas por Marx com um conjunto de outros intelectuais ocupados com a construção de uma teoria crítica, no intuito de apreender as diversas facetas da crise civilizatória que alcança o conjunto da sociedade capitalista no século XXI.

Esperamos assim, colaborar com a reflexão crítica sobre o capitalismo bem como, com ações emancipatórias que concebam outro mundo possível para além da barbárie do ethos vigente.

“Podemos considerar que a ‘criação destrutiva’, própria da crise da modernidade capitalista, revela-se composta por duas faces complementares: crise sócio-histórica e crise subjetiva. O tempo histórico ao reproduzir-se como ‘farsa’, desconfigura sua orientação em direção ao progresso, colocando em seu lugar a exaltação da instabilidade, do espetáculo, do livre mercado e da especulação financeira. Uma sociedade sem futuro mostra-se assim, solo fértil ao crescimento de amplas formas de violência social, bem como, da proliferação de situações-limite nas quais a vida deixa de ter qualquer valor.”

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AUTOR: LUCIANO DONIZETTI DA SILVA

 

Ética e liberdade em Sartre: da negação da infância ao homem infantilizado não pode ser meramente contado dentre os livros de ética sobre Sartre; mais adequado tê-lo como um exercício de ética, que desafia seu leitor a pensar para além dos modelos morais tradicionais. Longe do trabalho de inserir a possível ética sartriana em algum nicho da disciplina Ética Geral e, com esse intuito, dividir o pensamento do filósofo (jovem Sartre, ou Sartre maduro) e mantê-lo restrito a seu tempo, este livro esforça-se por atualizar os questionamentos éticos sartrianos.

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AUTOR: RODRIGO GONÇALVES CORRÊA

Este livro é uma investigação sobre a medida em que somos ativos nas emoções, ou seja, sobre a medida em que escolhemos aquilo que sentimos. Mais precisamente, uma tentativa de compreensão tanto da intencionalidade constitutiva das emoções, quanto da afetividade constitutiva da intencionalidade. Imaginar que a intencionalidade seja também afetiva é bastante intuitivo, pois, não raro, percebemos nossas intenções permeadas de desejo, amor, medo ou confiança. No entanto, supor que as emoções sejam intencionais é imaginar que quando desejamos, amamos, tememos ou confiamos, o fazemos intencionalmente e essa é uma ideia contra intuitiva, porque a intenção se manifesta na escolha e não nos percebemos como capazes de escolher aquilo que sentimos. Como é possível então que as emoções sejam intencionais? Esse trabalho se propõe a responder justamente essa questão.

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ORGANIZADOR: VALDEMAR AUGUSTO ANGERAMI 

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A Antares é a principal estrela da Constelação de Escorpião, sua presença luzindo na noite é sinal de que estamos no Inverno. A Constelação de Escorpião é o Inverno brilhando no firmamento. Essa mesma certeza de encantamento terão todos que se debruçarem sobre essa obra. Fascínio em cada página e capítulo a desvendar o ardiloso emaranhado da autodestruição. Obra de referência que traz em seu bojo os maiores e mais conceituados nomes da área da psicologia, psiquiatria e enfermagem. Nomes que fazem cintilar no firmamento do conhecimento a clareza das ideias e dos mistérios envolvendo a temática do suicídio.

Livro indispensável para todos que buscam alcançar uma maior compreensão dos mistérios envolvendo a condição humana, e principalmente os meandros do suicídio. Obra que se une a outros títulos dos mesmos autores e os tornam ainda mais marcante como as principais referências teórica na área.

Simplesmente indispensável a toda biblioteca que busque atualização na área do conhecimento da condição humana e de seus principais derivativos. Tome essa obra em suas mãos e inicie uma profunda imersão de conhecimento dos enfeixamentos que compõem a profundeza da alma humana.

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ORGANIZADOR: VALDEMAR AUGUSTO ANGERAMI 

Um livro concebido com a ousadia de ser a maior referência teórica e prática em Psicologia da Saúde. Certamente o será, tal a robustez dos trabalhos exibidos e que são colocados nas mãos do leitor. Trabalhos instigantes que estão a exigir novas posturas do profissional da saúde, e não apenas da psicologia. E verdadeiramente tivemos que deixar de lado qualquer traço de humildade na concepção de obra de tamanha envergadura. Decididamente, o que existe de mais arrojado na área está presente neste livro. Trabalhos que romperam barreiras; que desafiaram limites teóricos. E que igualmente se tornarão balizamentos para todos que sobre este livro ousem se debruçar.

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AUTOR: Matheus Viana Braz

Por que o mundo do trabalho é sentido de forma cada vez mais paradoxal? Quais os custos psicológicos do engajamento, da busca por destaque, visibilidade e exclusividade no trabalho? Como o excesso de pressão e cobrança pessoal é vivenciado atualmente nas empresas? Por que cada vez menos podemos manifestar nossas vulnerabilidades e fraquezas no ambiente corporativo e por que as vivências de sofrimento e mal-estar tendem a ser mais individualizadas nesses espaços?

Para responder a essas questões, o livro Paradoxos do Trabalho: as faces da insegurança, da performance e da competição explora os efeitos dos investimentos psíquicos e ideológicos existentes entre trabalhadores e empresas. Responsáveis por nutrir um imaginário específico de progresso, sobretudo as grandes corporações encarnam o símbolo máximo da eficiência, um novo polo de legitimação social e se amparam na promessa da realização de projetos específicos: ascensão vertiginosa, reconhecimento, visibilidade e destaque social. Paradoxalmente, à medida que a incerteza e descartabilidade atingem seu auge, a preocupação volta-se à empregabilidade e de modo oculto predominam os sentimentos de descrença, sobrecarga, desconfiança, desencantamento, cansaço, instabilidade ou impotência diante da aridez do dia a dia nas empresas.

Neste livro, o leitor encontrará uma compreensão das origens desse fenômeno, vinculado a transformações culturais de nossa sociedade e aos modos de gestão predominantes nas organizações de trabalho.

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AUTOR: Marcos José Müller

Um ensaio literário que, a partir de referências como a filosofia, a psicanálise e a gestalt, apresenta as diferentes facetas da experiência com o outro. Com muitas cenas, diálogos, analogias e romance, a obra marca a estreia do experiente escritor Marcos José Müller sob o selo UsinaDizer.
Trata-se de uma autobiografia de ficção, na qual o autor relata – a partir da ótica de diferentes personagens – uma festa de casamento e respectivas narrativas formuladas no intervalo entre a Literatura em sentido amplo, a Filosofia Fenomenológica e sua crítica, a Psicanálise freudiana, a Gestalt-terapia e a Psicanálise Lacaniana.

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ORGANIZADORES: Marcelo S. Norberto e Fabio Caprio Leite de Castro

O que Sartre tem a nos dizer sobre a degenerescência da política no século XXI, representada pela falência das democracias do ocidente? Como intelectual do século XX, viveu, pensou, teorizou, criticou e agiu sobre as lutas, contradições e opressões próprias de seu tempo. Orientado sempre por um ideal libertário, buscou apreender o movimento real da histórica a partir de princípios que nunca admitiram outra coisa que não fosse a liberdade humana radical fazendo-se em confronto com sua situação.

Sem dúvida, Sartre destaca-se no século XX como crítico contumaz da sociedade burguesa e de sua lógica totalitária, para a qual os interesses do capital sobrepassam e aniquilam a liberdade em suas múltiplas possibilidades de devir. Nessa linha, creio que os textos contidos em “Sartre e a Política” expressam a potencia do pensamento sartriano, capaz de ultrapassar os limites do seu tempo e nos ajudar a compreender as inúmeras faces da regressão civilizatória que nos assalta na atualidade.

Nesse sentido, o conceito de política trabalhado por Marcelo Norberto ganha vigor, ao mostrar que a morte da política dá-se justamente por sua identificação com a instituição, a burocracia e o Estado. Seu resgate, por conseguinte, passa necessariamente pela reinvenção da práxis capaz de germinar a vida humana de futuros. É dentro desse espírito que as demais contribuições de “Sartre e a Política” ganham força: seja abordando a problemática do feminismo e da construção de gênero conjugando o anti-naturalismo radical sartriano com a força objetificante do olhar do Outro (masculino);  seja analisando o antissemitismo como pathos, não reduzido a banalidade da opinião; seja através da crítica ao colonialismo em diálogo com Franz Fanon,  onde se evidencia a violência anti-colonial como ato político necessário à ruptura com a objetificação do homem branco; seja, enfim, através da análise da ditadura militar brasileira no período do AI5, muito esclarecedora em relação aos verdadeiros móbiles burgueses - nacionais e internacionais – fixados na frutificação de seu capital como primeira e ultima razão de sua existência.

Sartre por fim, e os textos que compõem este livro o mostram bem, permite ir na contra-mão daqueles intelectuais de esquerda que resolveram desde os anos setenta do XX, dissociar a política da crítica a modernização capitalista. A degenerescência da democracia, da cidadania e dos direitos humanos, que tanto perturba e ameaça a vida em nosso século não pode ser vista senão como integrada a degenerescência das bases da sociedade burguesa, incapaz de criar, nas condições atuais, um mundo possível para todos.

 

Fernando Gastal de Castro 

Instituto de Psicologia - UFRJ

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